sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Ideias equivocadas sobre a eleição divina

“Aquele que vier a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (João 6:37)

Há sempre aqueles que não compreendem a mecânica da eleição, aqueles que leem na doutrina coisas que não estão ali. Por isto, será proveitoso dedicarmos algum tempo examinando algumas ideias equivocadas sobre esta grande e gloriosa doutrina. Existem sempre aqueles que dizem, “Não está certo, não é justo Deus escolher algumas pessoas e deixar outras”. Há diversas maneiras de responder a esta objeção. Nós podemos dizer, como o apóstolo Paulo em Romanos 9: 20-21, “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quemo fez: porque me fizeste assim? Ou não temo oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra, e outro para desonra?”. Quem é o homem para dizer a Deus que Ele é injusto? Ele é o Criador, e pode fazer com a criatura o que bem Lhe agradar. Nós também podemos responder a esta objeção (de que não seria justo Deus escolher alguns homens e deixar outros) dizendo que fazer esta objeção é negar um fato cardeal de Evangelho — nominalmente que a Salvação não é uma recompensa a ser ganha, ou um prêmio a ser merecido. É simplesmente um dom imerecido. E uma vez admitindo que a Salvação é um dom, nós, pela lógica, somos levados a aceitar a doutrina da eleição. Porque se é um dom — um dom, lembre-se, Deus pode distribuir como Ele quiser. Ele não apenas tem esta prerrogativa, mas de acordo com as Escrituras Ele a exerce. “Logo, ele tem misericórdia de quem quer, e também endurece a quem lhe apraz”. (Romanos 9:18). Deus não está em débito com ninguém. Ele poderia mandar todas as almas para o inferno, e ainda assim ser justo, pois a salvação não é questão de justiça, mas uma questão de graça, e graça é um dom e um dom é dado de acordo com a vontade do doador. 

Se Você o Quer, Então Você Já Recebeu 

Sempre surge a questão, “E a pessoa que deseja ser salva, mas não pode ser, no caso de não ser um dos eleitos de Deus?”. Deixe-me enfatizar uma coisa — tal pessoa não existe! Seria impossível para uma pessoa desejar a Salvação e não recebê-la, porque você vê, o simples desejo pela Salvação já é uma indicação de que Deus deu àquela pessoa o desejo. E se Deus deu-lhe o desejo, também providenciará para que tal desejo seja satisfeito e cumprido. Lembre-se, é uma cadeia intacta e contínua. Se a pessoa deseja conhecer a Cristo como Salvador, isto é um sinal seguro de que Deus já iniciou nela, em seu coração, a obra da graça; e aquela obra, tendo sido iniciada, será completada, e a pessoa virá em fé a Cristo. Criar uma pessoa que suspira, “Ó, eu desejo ir para o céu, mas não posso porque não sou um dos eleitos de Deus,” é criar uma pessoa hipotética, inexistente. Suponha que eu tenha algo em minha mão que você considere sem valor; algo absolutamente sem utilidade para você. E suponha que eu diga, “Eu vou dar esta coisa para fulano de tal”. Você não tem o menor direito de resmungar ou reclamar porque, para início de conversa, você nem iria querer aquela coisa. O descrente, o não cristão, diz através de sua atitude e comportamento na vida, que ele não quer Deus, não quer Cristo, e não quer salvação. Mas se ele quer, então ele os terá a todos. Cristo nunca afastará de si aqueles que vierem a Ele; é Ele mesmo que diz, “Aquele que vier a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (João 6:37). Se você O quer, então você pode tê-Lo. E Se você não O tem, é porque você não O quer. Portanto, não crie a pessoa hipotética que diz, “Eu O quero, mas não posso tê-Lo”. Tal pessoa não existe. 

Os Meios da Salvação 

Mas, isto levanta sempre uma outra questão: Então para que pregar o Evangelho a alguém se aqueles que vão ser salvos, serão salvos, e aqueles que não vão ser salvos, não serão salvos? Qual então a razão de toda a conversa sobre evangelismo e missões, e para que toda a excitação sobre a pregação e a oferta de convite para alguém aceitar a Cristo como Salvador? A eleição não cortaria o nervo do evangelismo? Claro que não. Honestamente, pensemos bem nisto. Você espera estar vivo no próximo domingo? Diga-me a verdade. Você espera estar vivo no próximo domingo? Você sente que Deus lhe dará mais uma semana na terra? Você realmente sente, não sente? É claro que sim. Neste caso você não precisa comer nem beber hoje, ou amanhã, ou durante toda a semana; você não necessita nenhuma comida ou bebida ou repouso ou medicamentos, se você estiver tomando algum, durante a próxima semana. Por quê? Porque se Deus tem predestinado para que você seja mantido vivo durante a próxima semana, então não importará o que você faça. Pense bem, não é isto ridículo? É total estupidez, não é? Se você espera estar vivo na próxima semana, então você irá aplicar e usar os meios que Deus usa para manter a vida. Você irá comer, beber, repousar, tomar medicamentos, se necessário. O mesmo princípio se aplica à eleição. Deus ordenou não apenas o fim, a salvação de certas pessoas. Ele também ordenou os meios pelos quais a salvação será realizada. E de acordo com a Bíblia, Deus ordenou a proclamação do Evangelho como o meio que Ele usa para trazer as pessoas das trevas para a Sua maravilhosa luz. Você ainda acha que isto corta o nervo do evangelismo? Pelo contrário, a doutrina da eleição encoraja o evangelismo. É o maior de todos os motivos possíveis para se sustentar um testemunho fiel e verdadeiro. É uma coisa aterradora perceber que Deus pode ter incluído você em Seu plano eterno para a salvação de algumas outras pessoas. Isto faz você querer sentar-se e ficar girando os polegares? Claro que não! Isto faz você desejar dizer a todos quantos se encontrar que, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). 

Por W. Wilson Benton Jr.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

A mecânica da eleição divina

“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conforme a imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E, aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou” (Romanos 8:29-30)

Qual é a mecânica da doutrina da eleição? Como ela funciona? Para responder a esta questão, volvamos a atenção para o trecho das Escrituras que tem sido chamado de a corrente ou a cadeia de ouro de Romanos 8, versículos 29 e 30.  Segundo W. Wilson Benton Jr., a mecânica da eleição está dividida em quatro elos. É uma corrente que, estendendo-se de eternidade a eternidade, a um ponto, desce e toca o tempo. Um dos extremos está ancorado na eternidade passada, onde fomos pré-conhecidos e predestinados — e a outra extremidade está ancorada na eternidade futura, onde somos glorificados — o meio desta cadeia descendo e tocando a terra onde somos chamados e justificados. 

Trata-se de uma cadeia contínua e ininterrupta. Não é que alguns foram pré-conhecidos, e destes, alguns foram predestinados, e destes, alguns foram chamados, e destes, alguns foram justificados, e destes, alguns foram glorificados. Não! todos os que foram de antemão conhecidos, foram também predestinados, e estes foram chamados e justificados, e também glorificados. 

Um Conhecimento Íntimo 

Olhemos de perto os elos daquela corrente. “Aos que Deus de antemão conheceu”. O que isto quer dizer? Bem, alguns dizem que quer dizer que Deus estava previamente familiarizado com todas as pessoas antes mesmo que algum ser humano tivesse nascido. Deus conhecia todos os homens. Vejamos como que isto se encaixa. Se conhecer previamente significa estar previamente familiarizado com todos os homens, e eles dizem que Deus estava previamente familiarizado com todos os homens, então Deus previamente conheceu todos os homens. Isto implica, então, que todos são predestinados, todos são chamados, todos são justificados, e todos serão glorificados. E isto significa que todos os homens estão indo para céu. “Não”, nós dizemos, “Não pode ser este o significado. Talvez queira dizer que Deus de antemão conhecia alguns aspectos da vida das pessoas.” “Aqueles a quem Deus soube de antemão que aceitariam a Jesus Cristo como Salvador, estes ele predestinou para a vida eterna”. A Bíblia também não diz isto. Você poderá procurar em toda a Bíblia, de capa a capa, pela qualificação desta afirmativa, e não encontrará. Ela apenas diz. “Aqueles que Deus de antemão conheceu”. A chave para entender a palavra neste caso, reside em entender o que significa conhecer alguém no sentido bíblico. De acordo com o uso nas Escrituras, conhecer alguém significa ter com ela um relacionamento próximo, íntimo e pessoal. Existem pessoas em nossas congregações sobre as quais poderíamos afirmar que “Já nos vimos algumas vezes, mas eu realmente não as conheço”. Nós estamos usando o verbo “conhecer” num sentido bíblico, quando fazemos tal afirmativa. Deus falou, referindo-se a Israel, “De todas as nações, somente a vós outros vos escolhi” (“conheci”) (Amós 3:2a). Aquilo não quer dizer que Deus não conhecia as outras nações. É claro que Ele as conhecia todas. Mas foi sua maneira de dizer “Eu tenho um relacionamento especial com você”. Quando Maria foi informada pelo anjo de que ela teria um filho, ela disse, “Como se fará isto, visto que não conheço varão?”. Com isto Maria não quis dizer que nunca havia visto um indivíduo do sexo masculino; o que ela disse foi que nunca havia tido um relacionamento íntimo com um homem, a ponto de conceber dele um filho. Este é o significado do verbo “conhecer” na Bíblia, e é o significado usado naquela passagem de Romanos. Quando Deus de antemão conhece seu povo, isto quer dizer que Ele tem com as pessoas envolvidas um amor especial, e entra com eles num relacionamento especial, muito antes deles virem a nascer. Este é o primeiro elo da cadeia: Deus de antemão conhece seu povo.

No Caminho para a Salvação

Naquela passagem também é dito, “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou”; quer dizer que Ele não apenas escolheu um povo para Si, mas ele estabeleceu o procedimento através do qual esse povo viria a Ele. Charles Spurgeon formulou um modo interessante para explicar o relacionamento entre pré-conhecimento (conhecimento de antemão) e predestinação: “O pré-conhecimento foi pelo mundo afora marcando as casas às quais a salvação viria, e os corações onde o tesouro deveria ser depositado. O pré-conhecimento olhou a raça humana, desde Adão até o último, e marcou comum a estampa sagrada aqueles para os quais a Salvação havia sido designada. Depois veio a predestinação. A predestinação não apenas marcou as casas, mas mapeou o caminho através do qual a Salvação deverá viajar até chegar à cada casa. A predestinação ordenou cada movimento do grande exército da Salvação; ordenou o tempo quando o pecador será trazido a Cristo, a maneira como será salvo, e os meios que devem ser empregados; a predestinação marcou a hora exata e o momento quando Deus, o Espírito, deve vivificar mortos em pecados, e quando paz e perdão serão comunicados através do sangue de Jesus Cristo. A predestinação marcou o caminho de modo tão completo, que a Salvação não saltará jamais um passo, não queimará etapas, nem jamais estará perdida no caminho”. Este é o segundo elo da cadeia: Deus ordenou os meios pelos quais uma pessoa virá à fé em Jesus Cristo.

O Chamado do Espírito

O terceiro elo é o chamado, e aqui a cadeia desce da eternidade até o tempo. “E os que predestinou, a estes também chamou”. Aqueles a quem Deus escolheu, Ele os chamou no homem interior, pela operação de Seu Espírito, para, em fé, responder à oferta do Evangelho. Muitas pessoas têm sido chamadas; pense nisto. Pense nos milhões de pessoas que têm ouvido Billy Graham na televisão, ou pense nos milhões de pessoas que ao longo da história têm ido às igrejas e ouvido o Evangelho sendo pregado, e o convite para aceitar a Cristo como Salvador sendo oferecido. Muitos são os chamados, mas poucos são os escolhidos. Muitas pessoas ouvem exteriormente o chamado do Evangelho, mas poucos respondem interiormente. Apenas aqueles que são chamados pelo Espírito de Deus responderão interiormente. Sem o chamado do Espírito de Deus, a pessoa jamais responderá ao convite. Ela está, de acordo com as Escrituras, morta em delitos e pecados (Efésios 2:1). Ela não pode fazer nada até que o Espírito a desperte, dizendo, “Ouça, é a voz de Deus a chamar-te”. Este é o terceiro elo da cadeia: o chamado do Espírito de Deus para aceitar a Jesus Cristo em fé.

Perdoado dos Pecados

“E aos que chamou, a estes também justificou” — o quarto elo da cadeia. A pessoa que responde ao chamado e aceita a Cristo como Salvador é a pessoa que é perdoada de seus pecados. A justiça de Cristo torna-se a sua justiça, e a morte de Cristo torna-se a sua morte, e a penalidade por seus pecados é paga. Aos olhos de Deus, a pessoa permanece “como se” nunca tivesse pecado. Diante da Lei é declarada justa.

A Certeza do Céu

Os que são justificados aos olhos de Deus, são os que são glorificados. Você e eu somos glorificados, mas você diz, “Espere um minuto, você fala como se eu já estivesse no céu. Mas eu ainda não cheguei lá.” Não, mas o texto usa o tempo passado, não usa? “E aos que justificou, a estes também glorificou”. A segurança é tamanha, e é tão certo na mente de Deus que você estará nos céu, que Ele pode falar como se você já estivesse lá. Se Deus chamou você, então você ouvirá e responderá, e em respondendo lhe será dada a segurança da vida eterna na presença Dele. Este é o quarto elo da cadeia: E aos que chamou, a estes também justificou e glorificou.

A cadeia é intacta e contínua. Deus o Pai escolhe; Cristo o Filho morre; e o Espírito Santo nos chama à fé — as três pessoas da Trindade estão unidas em trazer-nos a Salvação. Este é o modo como funciona, a mecânica da Salvação.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Pelo que você tem morrido?

“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? ou que dará o homem em troca da sua vida? Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras. (Mateus 16:24-27)

“Fique rico ou morra tentando”. A ideia que o autor quis expressar nessa frase é que ficar rico era o motivo pelo qual ele vivia. Ele lutava para acumular riqueza e ter dinheiro de tal forma que, ou conseguiria ficar rico, ou preferia morrer tentando. Ele dizia que nunca desistiria do seu objetivo. A vida dele foi guiada por esse lema: fique rico ou morra tentando. No final da vida ele estava rico, mais ainda tentava ficar mais rico. A enorme riqueza que possuía ainda não o satisfazia o desejo do seu coração.

Nós cristãos somos chamados por Deus para morrer tentando fazer muitas coisas: seguir Jesus Cristo, pregar o Evangelho, fazer discípulos, cuidar um do outro, etc. Antes de fazermos qualquer coisa para o Reino dos Céu, precisamos primeiramente aprender a seguir a Cristo. Seguir a Cristo é um ato que dever ser encarado como uma morte. O primeiro convite formal de Jesus aos seus pretendentes seguidores foi à morte. Jesus disse que se quiserem segui-lo, teriam que negar a si mesmos.

Antes de dizer “sim” para Deus, devemos dizer “não” para nós mesmos. O mundo diz “vamos nos permitir”, o Evangelho diz “vamos nos negar”, vamos negar os nossos desejos e dizer “não” para aquilo que somos e queremos. Quando dizemos “não” para nós mesmos, nós tomamos em nossas mãos uma cruz. A cruz para o crente é um símbolo religioso, mas antes de sê-lo, a cruz era um instrumento de pena capital, usado para a morte dos piores criminosos daquela época. Antes de passarmos pela morte para o mundo, somos os mais miseráveis pecadores. 

Jesus não nos convidou para segui-Lo de uma forma politicamente correta. Ele começou com um convite duro, forte e assustador. Começou com uma mensagem que convidava o homem não para ter uma vida melhor, não para experimentar uma plenitude de alegria, não para ter um carro do ano, uma mansão, lazer, viagens etc. Também não era uma mensagem para resolver conflitos interiores, problemas no casamento, desavenças com os filhos, com os parentes, etc. A mensagem de Jesus era para abrir mão da vida terrena. Era uma mensagem para abraçar o sacrifício, a cruz, a negação do “eu”, dos sonhos e tudo mais. Se quisermos seguir a Jesus, devemos saber que seguiremos alguém que foi assassinado injustamente, que foi morto numa cruz, e tudo fez por amor.

No primeiro momento, o chamado de Cristo é para morrer. Evidentemente, não é uma morte física, ou um suicídio, mas é uma morte para esta vida terrena. É dizer como Paulo, não mais vivo eu, eu não tenho uma vida que é minha, mas agora há um Cristo que vive em mim. E a vida que agora eu vivo, eu vivo na fé em Jesus. O chamado é para a morte, mas uma morte que promete outra vida. É um chamado para que no caminho morramos como Cristo morreu, para mais adiante ressuscitarmos como ele ressuscitou, para uma imerecida vida. 

Nós somos desafiados a abrir mão do plano terreno para alcançarmos o plano divino. Isso é seguir a Jesus. É um caminho diário de morte. É carregar a cruz dia após dia. Não é um ato que fazemos uma vez e pronto. É um ato frequente, constante, presente. Nós carregamos a nossa cruz agora, estamos sendo mortificados agora, pois agora seguimos aquele que foi crucificado. 

Todos os dias na vida do cristão existe uma morte, antes de ser definido em termos de vida. Há uma negação antes da aceitação. Portanto, seguir a Jesus Cristo carregar a sua cruz, é morrer para este mundo. E só morrendo para este mundo é que podemos alcançar vida eterna. Só morrendo para as coisas desta vida é que poderemos ser úteis no Reino celestial. No final, Cristo retribuirá a cada um segundo as suas obras.

Finalizo com esta linda poesia da Banda Vineyard:

Quebrantado

Eu olho para a cruz
E para a cruz eu vou
Do seu sofrer participar
Da sua obra vou cantar

O meu salvador
Na cruz mostrou
O amor do pai
O justo Deus

Pela cruz me chamou
Gentilmente me atraiu
E eu, sem palavras, me aproximo
Quebrantado por seu amor

Imerecida vida, de graça recebi
Por sua cruz da morte me livrou
Trouxe-me a vida, eu estava condenado
Mas agora pela cruz eu fui reconciliado

Impressionante é o seu amor
Me redimiu e me mostrou
O quanto é fiel

domingo, 18 de setembro de 2016

Secularismo, a porta de entrada do Islamismo

Em outubro de 2000, na ensolarada cidade francesa de Nice, a Convenção Europeia com 105 membros esboçou a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.

Elaborada pela comissão do ex-presidente francês Valéry Giscard d'Estaing, o documento se referia apenas ao "patrimônio cultural, religioso e humanista da Europa". O Parlamento Europeu rejeitou uma proposta de Membros Democratas Cristãos do Parlamento Europeu e do Papa João Paulo II de incluir no texto as "raízes judaico-cristãs" da Europa.

Na Carta de 75.000 palavras não há sequer uma menção ao cristianismo. Desde então, uma onda de secularismo agressivo tem permeado todas as políticas da UE. Por exemplo, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos pediu a retirada dos crucifixos das salas de aula: eles eram hipoteticamente uma ameaça à democracia.

A cidade de Nice -- onde há exatamente 16 anos os governantes da Europa decidiram eliminar as raízes judaico-cristãs da Constituição da UE (nunca aprovada) -- acabaram de testemunhar a sangrenta manifestação de outra religião: o Islã radical. "A natureza abomina o vácuo": esta é a verdade que nossas elites não querem ouvir; o islamismo se levanta a partir do que William McGurn, autor de discursos de George W. Bush, chamava de "secularismo irresponsável da Europa".

Isto é possível ver não só nas igrejas da Europa, três quartos delas vazias, e no crescimento vertiginoso da conversão dos europeus ao Islã, mas também no que está acontecendo nas escolas da Europa. Essas tendências não dão suporte à visão de Viktor Orbán de uma Europa cristã.

Há alguns dias, a Bélgica que recentemente foi alvo de ataques terroristas, decidiu que as aulas de religião nas escolas de língua francesa de ensino fundamental e médio serão cortadas pela metade a partir de outubro de 2016 e substituídas por uma hora de "aulas de cidadania": lições de secularismo. Em Bruxelas, 50% das crianças em escolas públicas já optaram por frequentar aulas sobre o Islã.

Na França, o governo socialista impôs uma "carta de secularismo" em todas as escolas banindo o cristianismo do sistema educacional. A carta é o manifesto da "révolution douce" ("revolução adocicada"), melhor dizendo: secularismo extremo da França. É uma tentativa de eliminar qualquer asserção de identidade. A quipá judaica, a cruz cristã e o véu islâmico são tratados da mesma maneira. O secularismo é o que tem sido corretamente definido como "o ponto cego da esquerda em relação ao Islã".

Além de tudo é um secularismo que endoidou. A título de exemplo a escola de ensino fundamental Yves Codou, que fica no vilarejo de La Môle, comemorou o "Dia dos Pais" em vez do Dia das Mães, a fim de não causar dissabores aos casais gays. Certos municípios já mudaram o formulário de inscrição para crianças em idade escolar, eliminando as palavras "pai" e "mãe", substituindo-as por "gestor legal 1" e "gestor legal 2". É a "Novilíngua" de George Orwell.

Após dois ataques terroristas de grandes proporções em 2015, a França, em vez de promover uma "jihad" cultural baseada em valores ocidentais, respondeu ao fundamentalismo islâmico com um ridículo "Dia do Secularismo" a ser comemorado todo dia 9 de dezembro.

Não é que o secularismo "exacerbou" essas tensões culturais como afirmam muitos liberais. É que este secularismo afastou a cultura francesa dos ideais que criaram o Ocidente. O afastamento fez com que esta cultura ficasse cega em relação à incompatibilidade do islamismo com os valores seculares. Após o massacre na redação da revista satírica Charlie Hebdo, a professora francesa Isabelle Rey ressaltou que "muitos dos nossos estudantes não compartilham da nossa consternação em relação aos acontecimentos. Podemos fingir que há consenso, mas a realidade é que uma parcela significativa da população acredita que os jornalistas mereceram o fim que tiveram ou que os irmãos Kouachi (os assassinos) morreram como heróis".

Esse secularismo tacanho também impediu a França de apoiar abertamente os cristãos orientais oprimidos pelos islamistas. O conjunto musical "The Priests" planejava anunciar a próxima apresentação em Paris com uma faixa no poster dizendo que haverá arranjos em apoio à causa dos cristãos perseguidos no Iraque e na Síria -- mas a empresa que opera o sistema metroviário em Paris inicialmente proibiu o anúncio, alegando que considerava a faixa uma violação ao secularismo.

Suécia, um dos países europeus onde há mais infiltração do islamismo radical, é considerada a nação "menos religiosa" do Ocidente. De acordo com a agência Statistics Sweden, apenas 5% dos suecos são religiosos praticantes e um em cada três casais se casam somente no civil. Como é que a Suécia chegou a esse ponto? Há muitos anos o governo sueco proibiu qualquer atividade religiosa nas escolas, exceto aquelas diretamente relacionadas às aulas de religião.

Como se isso não fosse o bastante, o secularismo também não tem respostas para a questão de como lidar com o terrorismo; além disso o secularismo deixa os europeus inseguros sobre o que vale a pena lutar, matar e morrer. Se você acredita, como os secularistas acreditam, que os nossos valores são meros acidentes da história e que o bem maior é o conforto, então você não irá dar a mínima pelo futuro da civilização.

O símbolo deste 'euro-secularismo' é a igreja Oude Kerk, uma das igrejas mais famosas de Amsterdã, datada do século XIII. A igreja, ora vazia, é usada para exposições e pode ser alugada para jantares de gala. Do outro lado da rua fica o "Sexyland", apresentando "shows de sexo ao vivo", uma "coffee shop" para venda de drogas e um supermercado "erótico" para a venda de vibradores. Por sete euros é também possível visitar a igreja.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Evidência da salvação: arrependimento

“Portanto, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo” (Romanos 10:17)

Um dos momentos mais grandiosos da minha vida foi há pouco tempo no sul do Alasca. Alguns de vocês talvez já tenham lido esta história. Tão logo eu cheguei ao púlpito — havia cerca de 25 pessoas —, um homem entrou, um gigante, o ser humano mais triste que vi em minha vida, chegou e se sentou na fileira da frente. Eu parei imediatamente e comecei a pregar o Evangelho.

Depois que terminei, fui até ele e disse: “Senhor, o que está errado com você? O que está errado?”. Ele pegou um envelope pardo, me mostrou e me disse: “Eu acabo de vir do médico. Vou morrer em 3 semanas”. Continuou: “Tenho vivido no campo, trabalhando em um rancho de gado toda minha vida. Só se chega lá cavalgando pelas montanhas, ou pegando um hidroavião ou algo do tipo”. Ele disse: “Eu nunca estive em uma igreja em toda a minha vida. Nunca li uma Bíblia. Uma vez escutei alguém falar sobre um cara chamado Jesus, e eu acredito que existe um Deus. Nunca tive medo em toda minha vida, e agora tenho medo, porque vou morrer e não sei o que fazer”.

Eu lhe disse: “Senhor, nos últimos 45 minutos, eu preguei o Evangelho a você. As boas novas do que Deus fez pelos pecadores em Jesus Cristo. Você entendeu? Ele disse: “Sim”. O que a maioria dos evangelistas teria perguntado a ele naquele momento? “Gostaria de fazer uma oração e pedir que Jesus entre em seu coração?”

Mas ele disse: “Irmão Paul, eu entendi. Quero dizer, qualquer um podia ter entendido! Mas, isso é tudo? Eu entendo, faço uma oração, e isso é tudo?” E comecei a explicar-lhe o arrependimento e a fé. Depois de vários minutos, ele me olhou e disse: “Eu simplesmente não entendo”. Eu disse: “Olhe, você tem 3 semanas de vida. Tenho que ir embora amanhã de manhã. Vou cancelar minha passagem de avião e ficarei com você 3 semanas até você morrer, quer você seja salvo, quer você morra e vá para o inferno. Então vamos começar”. Foi isso o que eu falei para aquele homem.

Se vocês estão pensando em serem evangelistas, não pensem que vão pregar a um grupo de pessoas e, quando elas forem à frente, você vai entregá-las a qualquer um para lhe aconselhar e depois, se gloriar em todas as decisões, que na maioria é somente decisões, pois poucos talvez tenha realmente tido uma conversão, mas a maioria não assistirá ao culto no próximo domingo. 

Mas, eu olhei para esse homem e disse: “Senhor, a fé vem pelo ouvir; vamos às Escrituras”. Nós fomos às Escrituras por mais de uma hora. Cada promessa, Antigo Testamento, Novo Testamento, e de novo, e de novo, apenas trabalhando até que Cristo fosse formado. Oramos um pouco mais, lemos um pouco mais, outra hora passou e estava ficando tarde. Eu disse: “Nós vamos ficar por aqui. Este homem está morrendo!”. Não sei depois de quanto tempo voltamos a um de meus versículos favoritos na Bíblia: João 3:16. Nunca vou esquecer, ele estava com a minha Bíblia no colo, e eu lhe disse: “Senhor, vamos apenas ler isto de novo”. Ele disse: “Mas já a lemos muito”. E eu lhe disse: “Senhor, sua vida depende disto”. E então ele olhou para baixo, esse velho homem grande, e disse: “Ok”. “Porque Deus... amou... o mundo de tal maneira... que deu... Oh... Oh... Estou salvo! Estou salvo! Todos os meus pecados se foram! Tenho... minhas mãos estão limpas! Tenho vida eterna! Oh, eu a tenho! Eu vou para o céu!”. Eu disse: “Senhor, como você sabe?”. Ele disse: “Você nunca leu este versículo antes?!”. Vocês veem a diferença!?

As pessoas perguntam: “Você é contra o evangelismo?”. Eu digo: “Sim e não”. Eu sou contra o tipo de evangelismo que correm ao homem, fazem-no agarrar um pequeno ticket, como se estivesse esperando em um escritório do governo para renovar sua licença. “Pegue um ticket. Vá para o Céu”. Nós seremos responsabilizados! Nós temos um chamado! Quando prego em conferencias, isto é o que eu faço. Não faço chamadas ao altar ou coisas deste tipo. Eu digo: “Olhem, já acabou. Se Deus falou ao seu coração, você vem até mim. Sentaremos juntos aqui a noite toda”. E se alguém professa fé em Cristo, então, o que eu faço? Eu não digo: “Oh, você está salvo, está salvo”. Eu lhes digo isto: “Escute. Se esta noite você verdadeiramente se arrependeu e creu em Jesus Cristo, você se tornou um filho de Deus, mas esta vai ser a evidência: se verdadeiramente se arrependeu para salvação, você vai continuar se arrependendo para salvação, e crescendo em arrependimento! E se você verdadeiramente tem crido, você vai continuar crendo! Nada de coisas do tipo: “vacina contra gripe”! Eu não quero que alguém chegue a essa pessoa 10 anos depois, ela esteja vivendo uma vida ímpia, e, quando alguém testemunhe a ela, ela responda: “Oh, não se preocupe comigo. Eu já fiz isso”. “Não te preocupes comigo, pregador. Eu já fiz isso”. “Você fez o quê?”, “Eu recebi minha ‘vacina contra gripe’”. “Sim, mas você não recebeu Jesus”. Trabalhem com eles. Deixe que todos os outros saiam para comer. Você trabalha. Você ora. Você os aconselha com muitas promessas do Evangelho e muitas advertências do Evangelho.

Eu declarei guerra. É mais como um carrapato batendo a cabeça contra um mundo de granito, mas eu não me importo. Estou doente e cansado de ver as pessoas serem guiadas a uma decisão com muito pouco conhecimento do Evangelho, confiando em uma decisão em vez de contemplarem a Cristo. Vivendo em impiedade e crendo que são salvas, porque alguma autoridade religiosa da comunidade evangélica disse-lhes que eram salvas, e elas agora estão quase completamente surdas para o verdadeiro Evangelho.

Por Paul David Washer

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O casamento do cristão

Casais cristãos devem se esforçar para promover uma cultura de simplicidade e alegria ao planejar seu casamento, evitando a triste pressão de gastar muito dinheiro com a cerimônia. É o que diz John Piper, fundador e mestre da “Desiring God”.

O pastor abordou o tema em um post recente, convidando igrejas e casais para solidificar o caminho e assim formar uma cultura de simplicidade em um mundo que está focado em casamentos altamente elaborados com roupas caras, entretenimento e comida.

Em vez de ceder à pressão da sociedade para um casamento caro, John Piper sugere que o matrimônio seja centrado em torno do "significado de Cristo, exaltando o casamento, a impressionante importância dos votos, a preciosidade das pessoas e não a roupa, as flores, a localização, a música e toda a produção que pode tornar o ato de Deus no casamento parecer um pequeno detalhe numa grande festa", pontuou.

Isso não quer dizer que um casal não deve adicionar elementos especiais em seu casamento se eles forem capazes de pagar. No entanto, o foco principal deve ser a alegria de Deus. “Não há correlação”, Piper explica, “entre ser rico e ser alegre, sugerindo que, de fato, a despesa excessiva possa conduzir a uma menor alegria, uma vez que envolve mais stress, aborrecimento e distração”, pontua.

"Este é um apelo aos líderes para cultivar uma expectativa de simplicidade, para que ninguém com menos poder aquisitivo sinta que casamentos simples, com uma recepção simples, sem refeições, sem dança, apenas alegria seja de alguma forma menos honrados ao Senhor e ao casal. Seria trágico se cultivarmos uma situação como essa", acrescentou Piper.

Ele ainda explica que, como cristãos evangélicos, este impulso para a simplicidade pode ser indicado no ensino do Novo Testamento. Enquanto o Antigo Testamento pregou uma religião "venha e veja”, o Novo Testamento prega uma religião "vá e pregue".

Porque o cristianismo evangélico é mais de “vá e pregue”. O que rege o nosso estilo de vida agora é o esforço para mostrar que o nosso tesouro está no céu e não na terra", afirma Piper. Ele diz que o Novo Testamento nos leva para longe do luxo e para perto da simplicidade”, diz o teólogo.

Piper conclui sua mensagem convidando os casais jovens e pastores cristãos a lutar por uma mudança na cultura atual de casamentos. "Deixe o culto, a Palavra e os votos ao Senhor e o amor serem as coisas principais", incentiva Piper. Ele aproveita para convidar casais para que sejam corajosos e radicais para ficar contra uma cultura e mostrar como a verdade, a beleza e a alegria podem ser melhores e dar menos stress e ansiedade.

Não consigo entender cristãos que se dizem comunistas

Após participar como preletor de um Congresso Missionário organizado pela Igreja Irmãos Menonitas no Rio Grande do Sul, eu tive a oportunidade de ouvir alguns tristes relatos de irmãos em Cristo que foram assassinados pelo sistema comunista em várias partes do mudo. Confesso que fui tomado de grande emoção quando um pastor relatou-me que aproximadamente 100 mil menonitas foram mortos ou levados para apodrecerem nas masmorras da Sibéria.

À luz de histórias como essa, confesso que não consigo entender como é que cristãos podem se dizer comunistas. Lamentavelmente tem sido comum encontrarmos nesse brasilzão de meu Deus, uma relativa quantidade de crentes em Jesus identificados com o comunismo. Para tanto, basta andarmos pelas ruas ou visitarmos algumas reuniões evangélicas que encontraremos jovens vestidos com camisetas estampadas com as fotos de Che Guevara, Fidel Castro e outros tantos mais. Se não bastasse isso, volta e meia vejo pastores e teólogos fazendo alusões “positivas” tanto no púlpito, como nos seminários a idealistas como Karl Marx e Friedrich Engels.

Caro leitor, talvez você não saiba mas o comunismo matou mais pessoas do que o Nazismo de Hitler. De acordo com "Le livre noir du communisme" (Livro Negro do Comunismo) o comunismo produziu quase 100 milhões de vítimas, em vários continentes, raças e culturas.

Os números de mortos pelo comunismo estão assim classificados por ordem de grandeza: China (65 milhões de mortos); União Soviética (20 milhões); Coréia do Norte (2 milhões); Camboja (2 milhões); África (1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e Moçambique); Afeganistão (1,5 milhão); Vietnã (1 milhão); Leste Europeu (1 milhão); América Latina (150 mil entre Cuba, Nicarágua e Peru); movimento comunista internacional e partidos comunistas no poder (10 mil).

O comunismo fabricou três dos maiores carniceiros da espécie humana - Lênin, Stálin e Mao Tse-tung. Lênin foi o iniciador do terror soviético. Enquanto os czares russos em quase um século (1825 a 1917) executaram 3.747 pessoas, Lênin superou esse recorde em apenas quatro meses, após a revolução de outubro de 1917.

Fidel Castro é o campeão absoluto da "exclusão social", pois 2,2 milhões de pessoas, 20% da população de Cuba, tiveram que fugir durante o regime comunista. Fidel criou uma nova espécie de refugiado, os "balseros", (fugiam de Cuba em balsas improvisadas), milhares dos quais naufragaram antes de alcançarem a liberdade.

Prezado irmão, alguém já disse que o comunismo é uma das mais bem sucedidas armas satânicas dos últimos tempos, e que tem destruído milhões de pessoas no mundo, incutindo na mente de jovens e adultos tanto o ateísmo como o materialismo. O famoso primeiro ministro inglês Winston Churchill (1874-1965), afirmou que o socialismo é o evangelho da inveja, o credo da ignorância, e a filosofia do fracasso. Martin Luther King chegou a afirmar que o comunismo existe por que o cristianismo não está sendo suficientemente cristão.

Isto posto, a luz destas afirmações, além é claro de entender que o comunismo assassinou milhares de cristãos no século XX, sou levado a acreditar que boa parte dos evangélicos se envolveram com essa filosofia satânica e maldita por desconhecimento histórico, até porque, recuso-me a acreditar que existam pessoas regeneradas pelo Espírito de Deus que verdadeiramente acreditem neste sistema do mal.

Pense nisso!

Por Renato Vargens