segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O autêntico convite bíblico

“Ele (Jesus) dizia: - Chegou a hora, e o Reino de Deus está perto. Arrependam-se dos seus pecados e creiam no evangelho” (Marcos 1:15)

A convenção de uma denominação evangélica que conheço chegou à conclusão de que 60% de todos os seus convertidos nunca frequentaram a igreja. E a sua resposta a enfermidade foi: “Temos que fazer um melhor trabalho no discipulado”. Não! As ovelhas de Jesus ouvem a sua voz e elas O seguem, quer você as discipule, quer não! (João 10:3) Nós devemos discipular? Sim, devemos discipular.

Nos anos 70, o discipulado pessoal começou a ser importante. “Nós temos a mesma quantidade de gente saindo pela porta traseira da igreja, como de gente entrando pela porta principal, porque não estamos fazendo discipulado pessoal”. Digo que não! É porque não estamos pregando o Evangelho corretamente e porque estamos declarando as pessoas convertidas, sem na verdade serem, e “saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós” (1 João 2:19).

Você precisa entender isto. Nós lidamos 5 minutos com uma pessoa em sua conversão e então gastamos 50 anos discipulando um bode tentando torná-lo uma ovelha! Não estou dizendo isso porque eu sou uma pessoa nervosa. Estou dizendo isso porque estou nervoso, porque inúmeras pessoas estão sendo enganadas. O problema não são os políticos liberais, mas sim os pregadores evangélicos. Se as pessoas são alguma vez desafiadas quanto à sua conversão, por sua falta de fruto, ou por sua carnalidade excessiva, elas defendem sua esperança de salvação, mais uma vez afirmando a sinceridade da sua oração e a confirmação de seus líderes religiosos. Se algum aconselhamento é feito, a pessoa é geralmente admoestada a abandonar a sua apostasia e começar a servir o Senhor novamente. Contudo, a validade da sua conversão nunca é examinada ou mesmo questionada.

Tantas pessoas enganadas! Por exemplo: evangelismo de crianças. Não deixaria o meu filho ir a 98% das escolas bíblicas de férias neste país e direi por quê. Um grupo de crianças entra e contam-lhes lindas histórias sobre Jesus, e então: “Quantos de vocês amam a Jesus?” Digo, exceto pelo menino de jaqueta de couro com símbolos satânicos desenhados nas suas costas, todas as demais crianças na sala vão levantar-se e dizer: “Eu amo a Jesus!”. “Bem, quantos de vocês querem ir para o céu?”, “Oh, eu quero!” “Quantos de vocês querem fazer esta oração?”, “Eu vou!”. E logo marcham rumo ao Batismo, e muitas vezes o batistério está decorado como se fosse uma festa feliz, como desenhos, para que elas realmente o desfrutem. Então, quando elas são suficientemente grandes para serem rebeldes aos seus pais, elas se rebelam e passam a viver em grande imoralidade e pecado. Depois, quando têm 25 a 30 anos, depois da faculdade, elas decidem que necessitam consertar as coisas, porque a moralidade é realmente um caminho melhor a seguir, então elas “re-dedicam” suas vidas, e continuam frequentando os cultos uma vez por semana, tendo apenas uma moralidade suficiente para anuviar suas consciências e para mandá-los direto para o inferno. Isso é o que está acontecendo.

E quando o Joãozinho começa a sair do caminho, dormir com sua namorada, usar drogas, vender drogas, e tudo o mais, sua mãe, seu pai e seu pastor vão até ele e dizem: “Você é um Cristão, tem que deixar de viver desse jeito”. Em vez de dizerem isto: “Você fez uma profissão de fé em Cristo, foi batizado em Seu nome, e por um tempo pareceu que você caminhava com Ele, mas agora você está desviado da fé, e tem demonstrado que provavelmente nunca O conheceu e que está reprovado desde o princípio. Arrependa-se e creia no Evangelho! Fuja da ira vindoura!”. Essa é a diferença! 

Por Paul David Washer

 

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