terça-feira, 27 de setembro de 2016

Pelo que você tem morrido?

“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? ou que dará o homem em troca da sua vida? Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras. (Mateus 16:24-27)

“Fique rico ou morra tentando”. A ideia que o autor quis expressar nessa frase é que ficar rico era o motivo pelo qual ele vivia. Ele lutava para acumular riqueza e ter dinheiro de tal forma que, ou conseguiria ficar rico, ou preferia morrer tentando. Ele dizia que nunca desistiria do seu objetivo. A vida dele foi guiada por esse lema: fique rico ou morra tentando. No final da vida ele estava rico, mais ainda tentava ficar mais rico. A enorme riqueza que possuía ainda não o satisfazia o desejo do seu coração.

Nós cristãos somos chamados por Deus para morrer tentando fazer muitas coisas: seguir Jesus Cristo, pregar o Evangelho, fazer discípulos, cuidar um do outro, etc. Antes de fazermos qualquer coisa para o Reino dos Céu, precisamos primeiramente aprender a seguir a Cristo. Seguir a Cristo é um ato que dever ser encarado como uma morte. O primeiro convite formal de Jesus aos seus pretendentes seguidores foi à morte. Jesus disse que se quiserem segui-lo, teriam que negar a si mesmos.

Antes de dizer “sim” para Deus, devemos dizer “não” para nós mesmos. O mundo diz “vamos nos permitir”, o Evangelho diz “vamos nos negar”, vamos negar os nossos desejos e dizer “não” para aquilo que somos e queremos. Quando dizemos “não” para nós mesmos, nós tomamos em nossas mãos uma cruz. A cruz para o crente é um símbolo religioso, mas antes de sê-lo, a cruz era um instrumento de pena capital, usado para a morte dos piores criminosos daquela época. Antes de passarmos pela morte para o mundo, somos os mais miseráveis pecadores. 

Jesus não nos convidou para segui-Lo de uma forma politicamente correta. Ele começou com um convite duro, forte e assustador. Começou com uma mensagem que convidava o homem não para ter uma vida melhor, não para experimentar uma plenitude de alegria, não para ter um carro do ano, uma mansão, lazer, viagens etc. Também não era uma mensagem para resolver conflitos interiores, problemas no casamento, desavenças com os filhos, com os parentes, etc. A mensagem de Jesus era para abrir mão da vida terrena. Era uma mensagem para abraçar o sacrifício, a cruz, a negação do “eu”, dos sonhos e tudo mais. Se quisermos seguir a Jesus, devemos saber que seguiremos alguém que foi assassinado injustamente, que foi morto numa cruz, e tudo fez por amor.

No primeiro momento, o chamado de Cristo é para morrer. Evidentemente, não é uma morte física, ou um suicídio, mas é uma morte para esta vida terrena. É dizer como Paulo, não mais vivo eu, eu não tenho uma vida que é minha, mas agora há um Cristo que vive em mim. E a vida que agora eu vivo, eu vivo na fé em Jesus. O chamado é para a morte, mas uma morte que promete outra vida. É um chamado para que no caminho morramos como Cristo morreu, para mais adiante ressuscitarmos como ele ressuscitou, para uma imerecida vida. 

Nós somos desafiados a abrir mão do plano terreno para alcançarmos o plano divino. Isso é seguir a Jesus. É um caminho diário de morte. É carregar a cruz dia após dia. Não é um ato que fazemos uma vez e pronto. É um ato frequente, constante, presente. Nós carregamos a nossa cruz agora, estamos sendo mortificados agora, pois agora seguimos aquele que foi crucificado. 

Todos os dias na vida do cristão existe uma morte, antes de ser definido em termos de vida. Há uma negação antes da aceitação. Portanto, seguir a Jesus Cristo carregar a sua cruz, é morrer para este mundo. E só morrendo para este mundo é que podemos alcançar vida eterna. Só morrendo para as coisas desta vida é que poderemos ser úteis no Reino celestial. No final, Cristo retribuirá a cada um segundo as suas obras.

Finalizo com esta linda poesia da Banda Vineyard:

Quebrantado

Eu olho para a cruz
E para a cruz eu vou
Do seu sofrer participar
Da sua obra vou cantar

O meu salvador
Na cruz mostrou
O amor do pai
O justo Deus

Pela cruz me chamou
Gentilmente me atraiu
E eu, sem palavras, me aproximo
Quebrantado por seu amor

Imerecida vida, de graça recebi
Por sua cruz da morte me livrou
Trouxe-me a vida, eu estava condenado
Mas agora pela cruz eu fui reconciliado

Impressionante é o seu amor
Me redimiu e me mostrou
O quanto é fiel

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