quarta-feira, 27 de julho de 2016

Judeus rejeitam Jesus

Por que Jesus foi rejeitado pelos judeus (ou Hebreus)?

Os hebreus são conhecidos como israelitas ou judeus. Eles são os antepassados do povo judeu.

Quando Jesus estava na Terra, as multidões ficavam maravilhadas com o que ele dizia e com os seus milagres. Em resultado, muitos ‘depositaram fé nele’ e o aceitaram como o predito Messias, ou Cristo. Raciocinavam: “Quando o Cristo chegar, será que ele realizará mais sinais do que este homem realizou?” — João 7:31.

Embora houvesse fortes evidências que apoiavam a identidade de Jesus como o Messias, a maioria dos que o viram e ouviram não acreditou nele. Infelizmente, mesmo alguns que de início acreditaram mudaram de ideia mais tarde. Por que tantas pessoas rejeitaram Jesus como o Messias apesar de fortes evidências? Vejamos os motivos e, ao fazermos isso, pergunte-se: ‘Será que corro o risco de cometer o mesmo erro hoje?’

Jesus foi rejeitado porque as expectativas dos judeus não foram realizadas. Na época do nascimento de Jesus, muitos judeus esperavam que o Messias aparecesse. Os “que aguardavam o livramento de Jerusalém” pelo prometido Messias viram Jesus ainda criança quando ele foi levado ao templo. (Lucas 2:38) Mais tarde, muitos que observavam as obras de João Batista se perguntavam: “Será este o Cristo?” (Lucas 3:15) Mas o que os judeus do primeiro século esperavam que o Messias fizesse?

Em geral, os judeus daqueles dias acreditavam que o Messias viria, que os libertaria do opressivo jugo romano e restauraria o reino terrestre de Israel. Antes de Jesus iniciar seu ministério, surgiram vários líderes carismáticos que promoviam a oposição violenta contra o domínio político existente. As ações desses homens provavelmente influenciaram as expectativas das pessoas em relação ao Messias.

Jesus se contrastava nitidamente com esses falsos Messias. Ele não promovia a violência, mas ensinava seus ouvintes a amar seus inimigos e se sujeitar às autoridades. (Mateus 5:41-44) Ele não cedeu aos esforços das pessoas de o fazerem rei. Em vez disso, ensinou que seu reino ‘não fazia parte deste mundo’. (João 6:15; 18:36) Ainda assim, ideias preconcebidas a respeito do Messias exerciam uma poderosa influência sobre as pessoas.

João Batista viu e ouviu pessoalmente a milagrosa evidência da identidade de Jesus como o Filho de Deus. Mas quando estava na prisão ele enviou seus discípulos para perguntar a Jesus: “És tu Aquele Que Vem, ou devemos esperar alguém diferente?” (Mateus 11:3) Talvez João quisesse saber se Jesus era mesmo o prometido Libertador, que cumpriria as expectativas dos judeus.

Os apóstolos de Jesus acharam difícil entender que ele seria morto e depois ressuscitado. Certa vez, quando Jesus explicou que era necessário que o Messias sofresse e morresse, Pedro “tomou-o à parte e começou a censurá-lo”. (Marcos 8:31, 32) Pedro ainda não conseguia perceber qual era a ligação entre a morte de Jesus e seu papel como o Messias.

Pouco antes da Páscoa de 33 EC, ao entrar em Jerusalém, Jesus foi recebido por uma multidão entusiástica que o aclamou como Rei. (João 12:12, 13) Mas essa situação mudou rapidamente. Na mesma semana, ele foi preso e executado. Após sua morte, dois de seus discípulos lamentaram: “Nós esperávamos que este homem fosse o destinado a livrar Israel.” (Lucas 24:21) Mesmo quando o ressuscitado Jesus apareceu a seus discípulos, a ideia de que o Messias estabeleceria um reino terrestre ainda existia. Eles perguntaram: “Senhor, é neste tempo que restabeleces o reino a Israel?” Fica claro que expectativas incorretas a respeito do Messias estavam profundamente arraigadas no coração e na mente dos ouvintes de Jesus. — Atos 1:6.

Depois da ascensão de Jesus ao céu e do derramamento do espírito santo, seus discípulos entenderam claramente que o Messias governaria como Rei celestial. (Atos 2:1-4, 32-36) Os apóstolos Pedro e João pregaram com coragem a respeito da ressurreição de Jesus, e os milagres que eles realizaram forneceram evidências do apoio de Deus. (Atos 3:1-9, 13-15) Milhares de pessoas em Jerusalém aceitaram a mensagem e se tornaram cristãos. No entanto, as autoridades judaicas não gostaram disso. Assim como se opuseram a Jesus, elas passaram a se opor aos seus apóstolos e discípulos.

Por que os líderes religiosos judaicos rejeitaram Jesus tão veementemente? Jesus foi rejeitado por líderes religiosos. Quando Jesus veio à Terra, a maneira de pensar e as práticas religiosas dos judeus tinham se desviado muito do que era ensinado nas Escrituras inspiradas. Os líderes religiosos daquele tempo — saduceus, fariseus e escribas — davam mais importância a tradições de homens do que à Palavra escrita de Deus. Vez após vez, eles acusaram Jesus de violar a Lei por fazer curas milagrosas no sábado. Por contestar seus ensinos não bíblicos de forma enérgica, Jesus desafiou a autoridade e as afirmações deles de serem aprovados por Deus. Em contraste, Jesus vinha de uma família humilde e não tinha recebido uma educação religiosa formal como eles. Não é de admirar que fosse muito difícil para esses homens orgulhosos aceitá-lo como o Messias. Esses confrontos os deixaram tão furiosos que “realizaram uma consulta contra [Jesus], para que o pudessem destruir”. — Mateus 12:1-8, 14; 15:1-9.

Mas como os líderes religiosos conseguiriam fazer com que as pessoas não dessem importância aos milagres de Jesus? Eles não negavam que os milagres haviam ocorrido. Em vez disso, de modo blasfemo, tentavam enfraquecer a fé em Jesus por atribuir seu poder a Satanás. Eles diziam: “Este não expulsa os demônios senão por meio de Belzebu, o governante dos demônios.” — Mateus 12:24.

Havia outro forte motivo por trás da recusa obstinada deles de aceitar Jesus como o Messias. Depois de Jesus ressuscitar Lázaro, líderes de várias facções religiosas se consultaram e disseram: “Que devemos fazer, visto que este homem realiza muitos sinais? Se o deixarmos assim, todos depositarão fé nele, e virão os romanos e tirarão tanto o nosso lugar como a nossa nação.” Por medo de perder seu poder e posição, os líderes religiosos fizeram uma conspiração para matar Jesus e Lázaro. — João 11:45-53;12:9-11.

Jesus também sofreu preconceito e perseguição por parte dos judeus. A atitude dos líderes religiosos judaicos do primeiro século criou um ambiente hostil para qualquer um que aceitasse Jesus como o Messias. Orgulhando-se de sua alta posição, eles desprezavam qualquer pessoa que demonstrasse fé em Jesus, dizendo: “Será que um só dos governantes ou dos fariseus depositou fé nele?” (João 7:13, 48) Alguns líderes judaicos, como Nicodemos e José de Arimateia, se tornaram de fato discípulos de Jesus, mas, por medo, mantiveram isso em segredo. (João 3:1, 2; 12:42; 19:38, 39) Os líderes judaicos haviam decretado ‘que todo o que confessasse Jesus como Cristo fosse expulso da sinagoga’. (João 9:22) Uma pessoa nessa situação seria desprezada e excluída do convívio social.

Com o tempo, a oposição aos apóstolos e discípulos de Jesus se transformou em violenta perseguição. Por causa de sua pregação corajosa, os apóstolos sofreram às mãos do Sinédrio, a suprema corte judaica. (Atos 5:40) Os opositores acusaram falsamente o discípulo Estêvão de blasfêmia. Ele foi condenado pelo Sinédrio e apedrejado até a morte. Então, “levantou-se grande perseguição contra a congregação que estava em Jerusalém; todos, exceto os apóstolos, foram espalhados através das regiões da Judeia e de Samaria”. (Atos 6:8-14; 7:54–8:1) Saulo, que mais tarde se tornou o apóstolo Paulo, participou numa campanha de perseguição que era apoiada oficialmente pelo sumo sacerdote e pela “assembleia dos anciãos”. — Atos 9:1, 2;22:4, 5.

Mesmo sob essas circunstâncias difíceis, o cristianismo cresceu rapidamente nos anos após a morte de Jesus. Mas apesar de milhares terem se tornado cristãos, eles ainda eram a minoria na Palestina no primeiro século. Identificar-se publicamente como seguidor de Cristo podia gerar desprezo e até violência.

Como vimos, conceitos errados, pressão da comunidade e perseguição impediram muitos no primeiro século de exercer fé em Jesus. Hoje, ideias errôneas sobre Jesus e seus ensinos podem ter um efeito similar. Por exemplo, muitos aprenderam que o Reino de Deus está em seu coração ou que ele virá por meio de esforços humanos. Outros foram convencidos a procurar na ciência e na tecnologia a solução para os problemas da humanidade, eliminando assim a necessidade de exercer fé no Messias. Muitos críticos modernos afirmam que as coisas que aconteceram durante o ministério de Jesus, conforme registrado na Bíblia, não são fatos históricos. Dessa maneira, esses homens enfraquecem a fé em Jesus como o Messias.

O resultado dessas ideias e teorias é que muitos ficaram confusos quanto ao papel do Messias ou não veem necessidade de dar atenção a esse assunto. Mas, para os que querem examinar as evidências, na verdade há hoje mais provas de que Jesus é o Messias do que havia no primeiro século. Temos as Escrituras Hebraicas, que contém várias profecias sobre o que o Messias faria, e o registro nos quatro Evangelhos sobre o que Jesus fez para cumprir essas profecias.

Realmente, não faltam evidências para que cada um de nós possa fazer uma escolha ou tomar uma decisão consciente a respeito desse assunto. E fazer isso é urgente. Por quê? Porque a Bíblia diz que, como Rei messiânico do Reino de Deus, Jesus em breve removerá todos os que arruínam a Terra e trará um governo justo, que permitirá que todos os seus súditos obedientes vivam para sempre na Terra em condições paradísicas. (Daniel 2:44; Revelação [Apocalipse] 11:15, 18; 21:3-5) Você poderá ter esse futuro maravilhoso se fizer o esforço necessário para aprender sobre Jesus e demonstrar fé nele agora. Leve a sério as palavras do próprio Jesus: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.” — João 3:16.

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