Mas a hora
vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e
em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e
é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (João
4:23-24).
Há muito
tempo atrás, Jesus estava reunido com seus discípulos em uma montanha, quando,
refletindo sobre a razão de sua vinda ao mundo, questionou-lhes: "Mas vós,
quem dizeis que eu sou?" (Mateus 16:15). Em sua maioria, as pessoas do
tempo de Jesus tinham opiniões confusas a seu respeito. Alguns diziam que ele
era João Batista, outros Elias, alguns Jeremias ou um dos outros profetas. Em
resposta à pergunta direta de Jesus aos discípulos, Pedro respondeu: "Tu
és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mateus 16:16). Esta verdade inspirada
representa a essência do cristianismo, Jesus disse: "Sobre esta rocha edificarei
minha igreja" (Mateus 181.8). Em outras ocasiões de seu ministério, Jesus
esclareceu a natureza da igreja: a igreja é um reino espiritual. Jesus ensinou
muito a respeito de seu reino e, em nenhuma ocasião, existiu margem para
interpretação de um reino material em sua natureza.
Foi difícil
para os apóstolos conceberem um reino abstraído de templos materiais. Nunca
havia existido algo semelhante antes. Até o reino de Israel era material e eles
tinham esperança que esse reino fosse restaurado algum dia. Eles não conseguiam
entender o ensino de Jesus, repetido tantas vezes, que Seu reino seria um reino
espiritual. Mesmo hoje, cerca de 2000 anos após o início do Reino, temos
dificuldade em entender a verdadeira natureza da igreja. Nós cobrimos a igreja
com todos os adornos de um reino material, criando impedimentos para a sua
expansão.
Jesus
declarou que a igreja seria edificada sobre sua pessoa. Ele é espírito (embora
encarnado por algum tempo para comprar a salvação para o homem) e aquela que é edificada
sobre essa fundação espiritual deve necessariamente ser de natureza espiritual.
Ao ser apresentado a Pilatos Jesus disse: "O meu reino não é deste mundo:
se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não
fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui" (João
18:36).
Pentecostes
foi um completo rompimento com o conceito de reino. Os judeus tinham um
território, uma capital, sede de governo, um conjunto de leis escritas, rei e
corte; e sendo uma teocracia, um templo onde todos adoravam. O reino de Cristo
não possui fronteiras físicas, nem capital, nem sede de governo, nem cortes ou
rei terreno. nem código de leis escritas (elas são escritas em tábuas do
coração), nem templo terreno. Nosso Senhor disse: “O reino de Deus está dentro
de vós" (Lucas 17:21).
A igreja primitiva
era completamente desembaraçada. Varreu todo o mundo conhecido, como fogo de
campina impelido por uma brisa fresca, em um período de poucos anos. Livre das
limitações da igreja institucional materialista da forma conhecida pelo
Judaísmo, a igreja Cristã moveu-se desimpedidamente em toda a direção conforme
era conduzida pelo Espírito Santo. Qualquer tendência de retorno ao conceito
institucional e material do reino coloca limitações sobre a igreja e atrasa seu
avanço. A igreja institucional tende a exaltar a sabedoria e habilidades
humanas exibidas numa organização humana. Quando a natureza espiritual é
preservada, a habilidade humana fica submissa ao poder do Espírito.
Paulo
demonstrou isto quando disse à igreja em Corinto: "E eu, irmãos, quando fui
ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de
palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus
Cristo, e este crucificado.
E eu estive
convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. A minha linguagem e a
minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em
demonstração do Espírito de poder; para que a vossa fé não se apoiasse na
sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (I Coríntios 2:1-5).
Leia mais
sobre o assunto.
Bibliografia:
Holmquist, Gerald. Pattern for Progress
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