sexta-feira, 29 de julho de 2016

Época humanista

Portanto, como as Escrituras Sagradas dizem: “Quem quiser se orgulhar, que se orgulhe daquilo que o Senhor faz” (1 Coríntios 1:31) 

Vivemos numa época humanista. Durante as últimas décadas, o homem tem lutado para tirar Deus de sua consciência e de sua cultura. Tem derrubado cada um dos altares visíveis do único Deus verdadeiro e tem construído monumentos dedicados a si mesmo com o zelo de um fanático religioso. Isto não é uma luta entre o secularismo e o pensamento religioso. Não pense isso, porque o secularista tem uma religião, e algumas vezes ele é muito mais fanático em sua religião do qualquer Cristão jamais fingiu ser.

O homem tem conseguido fazer de si mesmo a medida central e o fim de todas as coisas. Ele louva o seu próprio valor inerente, exige homenagens à sua autoestima, e promove o cumprimento de suas ambições e de suas autorrealizações, como a coisa mais importante a se alcançar. E se você não crê que isso se tem alastrado dentro do Cristianismo, então você não leu o livro “Sua Melhor Vida Agora”, de Joel Osteen, porque é exatamente disso que se trata. Ele menospreza o remorso de sua consciência. Ele não pode removê-la, ela está ali para ficar. Ele menospreza o remorso de sua consciência como remanescente de uma religião antiquada de culpa: o Cristianismo. E ele livra a si mesmo de qualquer responsabilidade do caos moral que o rodeia, culpando a sociedade ou, pelo menos, essa parte da sociedade que não tem alcançado a sua “iluminação”. Qualquer sugestão de que sua consciência pudesse estar correta em seu testemunho contra ele mesmo, ou de que ele poderia ser responsável pela quase infinita variedade de maldade no mundo, é impensável para esse homem.

Por esta razão, o Evangelho é um escândalo para o homem caído, porque expõe suas ilusões sobre si mesmo, e o convence de sua queda e de sua culpa. Este é o primeiro e o principal trabalho do Evangelho, e esta é a razão pela qual o mundo detesta tanto a pregação do verdadeiro Evangelho: porque o verdadeiro Evangelho arruína a festa do homem, faz cair chuva sobre a sua celebração, expõe suas falsas crenças, e faz ver que “o imperador está nu”.

As Escrituras reconhecem que o Evangelho de Jesus Cristo é uma pedra de tropeço e uma loucura para todos os homens de todas as eras. E vou dizer isto mais adiante: Não apenas é um escândalo, mas deve ser um escândalo. Foi um dos reavivalistas do passado que disse: “Como é possível que o mundo não tenha ido bem com o Homem mais santo que andou sobre a terra, mas pode viver bem conosco?” Nós deveríamos ser um escândalo. Agora, nós não temos que viver como um bando de fanáticos. Não temos que fazer um monte de loucuras para sermos um escândalo. Basta ser fiel a esta única proclamação: Jesus é o Senhor de tudo. Tentar remover o escândalo dessa mensagem é anular a cruz de Cristo e seu poder salvador.

Devemos compreender que o Evangelho não é somente escandaloso; ele deve sê-lo. Através da loucura do Evangelho, Deus decretou destruir a sabedoria dos sábios, frustrar a inteligência das mentes mais brilhantes e humilhar o orgulho de todos os homens, com o fim de que nenhuma carne se glorie em Sua presença.

O Evangelho de Paulo não apenas contradizia a filosofia religiosa e a cultura de seus dias, como também declarava guerra contra elas. Não uma guerra política. Não uma guerra militar. Mas uma guerra espiritual pela verdade. Recusava a trégua ou fazer tratados com o mundo e não se conformava com nada menos do que a redenção absoluta da cultura ao Senhorio de Jesus Cristo, até que cada um de nossos pensamentos fosse levado cativo a Cristo.

Faríamos bem em seguir o exemplo de Paulo. Devemos ser cuidadosos a fim de rejeitarmos qualquer tentação em conformar nosso Evangelho à moda do momento ou ao desejo dos homens carnais.

Por Paul David Washer

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