terça-feira, 2 de agosto de 2016

Evangelismo bem-sucedido

“Veio sobre mim a mão do Senhor, e ele me fez sair no Espírito do Senhor, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos. E me fez passar em volta deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale, e eis que estavam sequíssimos. E me disse: Filho do homem, porventura viverão estes ossos? E eu disse: Senhor Deus, tu o sabes. Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. E porei nervos sobre vós e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o Senhor. Então profetizei como se me deu ordem. E houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se achegaram, cada osso ao seu osso. E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito. E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. E profetizei como ele me deu ordem; então o espírito entrou neles, e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo” (Ezequiel 37:1-10)

Eu acabei de descrever a conversão dos homens.

Quando vamos pregar, como lemos no texto, sempre somos como um Ezequiel, e sempre estamos parados em um vale de ossos secos. E, observem, eles estão muito secos. Ora, certamente, nos tempos de Ezequiel não havia nenhuma técnica para trazer vida a ossos sem vida. A medula estava completamente seca, fora dos esqueletos. Não era mais do que poeira! Não havia nenhuma técnica, não havia persuasão, não havia poder, não havia nada, humanamente falando, que se pudesse fazer para trazer esses ossos à vida. Isso é evangelismo, e você faria bem em aprendê-lo agora.

Os homens estão mortos em seus delitos e pecados. Eles não somente estão mortos, mas estão na escravidão do pecado. A vida que eles têm é uma vida apenas para seguir ao príncipe deste mundo. Aborrecem a Deus; são inimigos de Deus; estão cegos. Fazem tudo em seu poder para restringir e limitar cada traço de conhecimento que têm sobre Deus. Trabalham com todas as suas forças para endurecer sua consciência para que ela não lhes fale. Preferem sofrer no inferno do diabo por toda a eternidade a dobrar os seus joelhos e se arrepender e crer em seu Deus. Vá e tente aprender alguma técnica evangelística para trazê-los à vida; faça intermináveis chamadas ao altar para que eles repitam uma oração; conte todo tipo de histórias sentimentais; manipule suas paixões, suas emoções e a única coisa que vocês vão obter é um grupo de pessoas que são duas vezes mais filhas do inferno.

A igreja na América hoje se parece com um parque de diversões de Jesus, porque se você atrai pessoas usando métodos carnais, terá que manter essas pessoas usando métodos carnais.

Para que os homens sejam salvos há somente uma forma, e é que um homem como Ezequiel pare no meio desse vale, e pregue a única mensagem que Deus prometeu abençoar: o Evangelho de Jesus Cristo! Quando estamos procurando missionários, ou quando estamos entrevistando candidatos, só queremos uma coisa: um homem que saiba que o ministério é uma impossibilidade; que os homens não podem ser convertidos mais do que os mortos podem ser ressuscitados, ou mais do que mundos podem ser trazidos à existência do nada. Um homem que entende que tem apenas algumas poucas armas de guerra, mas que são poderosas: a pregação do Evangelho, oração intercessora, e amor sacrificial e abnegado. Dê-me homens e mulheres como estes, e veremos o Evangelho avançar neste mundo. Porém, quanto mais você depender de armas carnais, quanto mais as igrejas tentarem crescer, não sendo igrejas bíblicas, mas sim encontrando a última moda com que possam atrair o maior número de pessoas, enquanto fizermos isso, nunca veremos o poder de Deus. E a igreja, em seu desejo de ser relevante, torna-se ridícula perante os seus inimigos.

Por Paul David Washer

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