O marxismo autêntico sempre odiou e sempre odiará o cristianismo
autêntico. Se não puder pervertê-lo, então terá que matá-lo. Sempre foi assim e
sempre será assim.
E por que essa oposição manifestada ao cristianismo por parte do marxismo? Por que o ódio filosófico, a política anticristã, a ação assassina direcionada aos cristãos? Por que o país número um em perseguição ao cristianismo não é muçulmano e sim a comunista Coréia do Norte?
E por que essa oposição manifestada ao cristianismo por parte do marxismo? Por que o ódio filosófico, a política anticristã, a ação assassina direcionada aos cristãos? Por que o país número um em perseguição ao cristianismo não é muçulmano e sim a comunista Coréia do Norte?
As pessoas se iludem quando pensam no marxismo como doutrina econômica
ou política. Economia e política são meros pontos. Marx não acreditava ter
apenas as resposta para os problemas econômicos. Acreditava ter todas as
respostas para todos os problemas.
Marxismo na verdade é uma crença, uma visão de mundo, uma fé. O
socialismo nada mais é do que a aplicação dessa fé por um governo totalitário.
O comunismo, por sua vez, é apenas a escatologia marxista, o suposto mundo
paradisíaco que brotaria de suas profecias.
E esta fé não apresenta o caráter relativista de um hinduísmo ou de um
budismo. Tendo nascido dos pressupostos cristãos, o marxismo roubou seus
absolutos e se apresenta como a verdade absoluta, como o único caminho para
redenção da humanidade. E ainda que tenha se apossado dos pressupostos
cristãos, inverteu tais pressupostos tornando-se uma heresia anticristã.
No lugar do teísmo o ateísmo, no lugar da Providência Divina o
materialismo dialético. Ao invés de um ser criado à imagem e semelhança de
Deus, um primata evoluído cuja essência é o trabalho, o homo economicus. O
pecado é a propriedade privada, o efeito do pecado, simplesmente a opressão
social. O instrumento coletivo para aplicar a redenção não é a Igreja, mas o
proletariado, que através da ditadura de um Estado “redentor” conduziria o
mundo a uma sociedade sem classes. E o resultado seria não os novos céus e a
nova terra criados por Deus, mas o mundo comunista futuro, onde o Estado
desaparecerá, as injustiças desaparecerão e todo conflito se transformará em
harmonia. Está é a fé marxista, um evangelho que não admite rival, pois assim
como dois corpos não ocupam o mesmo espaço, duas crenças igualmente salvadoras
não podem ocupar o mesmo mundo, segundo o marxismo real.
Sim, o comunismo de Marx era um evangelho, a salvação para todos os
conflitos da existência, fosse o conflito entre homem e homem, homem e
natureza, nações e nações. Assim lemos em seus Manuscritos de Paris:
O comunismo é a abolição positiva da propriedade privada e por
conseguinte da auto-alienação humana e, portanto, a reapropriação real da
essência humana pelo e para o homem… É a solução genuína do antagonismo entre
homem e natureza e entre homem e homem. Ele é a solução verdadeira da luta
entre existência e essência, entre objetivação e auto-afirmação, entre
liberdade e necessidade, entre indivíduo e espécie. É a solução do enigma da
história e sabe que há de ser esta solução.
E como o marxismo nega qualquer transcendência, qualquer realidade
além desta realidade, seu “paraíso” deve se realizar neste mundo por meio do
controle total. Não apenas o controle político e econômico, mas o controle
social, ideológico, religioso. Não pode haver rivais. Não pode haver cristãos
dizendo que há um Deus nos céus a quem pertencem todas as coisas e que realizou
a salvação através da morte e ressurreição de Cristo. Não pode haver outra
visão de mundo que não a marxista, não pode haver outra redenção senão aquela
que será trazida pelo comunismo. O choque é inevitável.
Está é a raiz do ódio marxista ao cristianismo. Seu absolutismo não
permite concorrência. David H. Adeney foi alguém que viveu dentro da revolução
maoísta (comunista) na China. Ele era um missionário britânico e pode ver bem
de perto o choque entre marxismo e cristianismo no meio universitário, onde
trabalhou. Chung Chi Pang, que prefaciou sua obra escreveu:
“(…) a fé cristã e o comunismo são ideologicamente incompatíveis.
Assim, quando alguém chega a uma crise vital de decisão entre os dois, é
inevitavelmente uma questão de um ou outro (…) [o autor] tem experimentado
pessoalmente o que é viver sob um sistema político com uma filosofia básica
diametralmente oposta à fé cristã”
Os marxistas convictos sabem da incompatibilidade entre sua crença e a
fé cristã. Os cristãos ainda se iludem com uma possível amizade entre ambos. “…
para Marx, de qualquer forma, a religião cristã é uma das mais imorais que há”.
(Mclellan, op. Cit., p.54). E Lenin, que transformou a teoria marxista em
política real, apenas seguiu seu guru:
“A guerra contra quaisquer cristãos é para nós lei inabalável. Não
cremos em postulados eternos de moral, e haveremos de desmascarar o embuste. A
moral comunista é sinônimo de luta pelo robustecimento da ditadura proletária”
Assim foi na China, na Rússia, na Coreia do Norte e onde quer que a fé
marxista tenha chegado. Ela não tolerará o cristianismo, senão o suficiente
para conquistar a hegemonia. Depois que a pena marxista apossar-se da espada,
então essa espada se voltará contra qualquer pena que não reze conforme sua
cartilha.
Os ataques aos valores cristãos em nosso país não são fruto de um
acidente de percurso. É apenas o velho ódio marxista ao cristianismo,
manifestando-se no terreno das ideias e das discussões, e avançando no terreno
da legislação e do discurso. O próximo passo pode ser a violência física
simples e pura. Os métodos podem ter mudado, mas sua natureza é a mesma e,
portanto, as consequências serão as mesmas.
Se nós, cristãos, não fizermos nada, a história se repetirá, pois como
alguém já disse, quem não conhece a história tende a repeti-la. E parece que
mesmo quem a conhece tende a repeti-la quando foi sendo anestesiado pouco a
pouco pelo monóxido de carbono marxista. Será que confirmaremos a máxima de
Hegel, que afirmou que a “história ensina que não se aprende nada com ela”?
Escrito por Eguinaldo Hélio Souza.
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