quinta-feira, 28 de julho de 2016

Pluralismo religioso

“Elias chegou perto do povo e disse: – Até quando vocês vão ficar em dúvida sobre o que vão fazer? Se o Senhor é Deus, adorem o Senhor; mas, se Baal é Deus, adorem Baal! Porém o povo não respondeu nada” (1 Reis 18:21)

Também vivemos em uma época de Pluralismo, um sistema de crença que põe fim à verdade, declarando que tudo é verdade. Quando tudo é verdade, isto é, quando declarações contraditórias e diametralmente opostas são ambas etiquetadas como verdades, o resultado é a morte da verdade.

O que eu vou dizer pode ser difícil de entender: os Cristãos que viveram nos primeiros séculos da fé Cristã foram marcados e perseguidos como ateus. A cultura que rodeava o Cristianismo estava mergulhada em teísmo. O mundo estava cheio de imagens de divindades e a religião era um negócio crescente. Os homens não só toleravam as divindades dos outros, mas também as trocavam e as compartilhavam. É o Pluralismo religioso.

O mundo religioso inteiro estava funcionando muito bem, até que os Cristãos apareceram e declararam que os deuses feitos por mãos humanas não eram deuses de verdade. Eles se negavam a dar aos Césares as honras que lhes eram exigidas, recusavam-se a dobrar os joelhos diante dos outros supostos deuses e confessavam somente a Jesus como Senhor de tudo e, portanto, foram rotulados de ateus. O mundo inteiro via essa arrogância assombrosa e reagia com fúria contra os Cristãos por sua intolerância contra a tolerância.

Vejam estas palavras: “arrogância assombrosa”. O mesmo cenário abunda em nosso mundo hoje. Contra toda a lógica, estão dizendo a nós que todos os pontos de vista com respeito a religião e moralidade são verdades sem importar quão radicalmente diferentes sejam ou quão contraditórios possam ser. O aspecto mais esmagador de tudo isto é que através dos esforços incansáveis dos meios de comunicação e do mundo acadêmico isso rapidamente está se tornando a opinião da maioria. Todavia, o Pluralismo não resolve o problema, nem cura a doença. Ele somente anestesia o paciente para que não seja mais capaz de pensar ou sentir. O Evangelho é um escândalo porque desperta o homem de sua sonolência e se nega a deixá-lo repousar sobre um fundamento tão ilógico. Ele o obriga a chegar a uma conclusão a qual Senhor verdadeiramente servir.

O verdadeiro Evangelho é radicalmente exclusivo. Nunca pensei que chegaria um dia no qual teria que dizer isto a evangélicos: que o Evangelho é radicalmente exclusivo. Nunca pensei que iríamos começar a perder Cristo como o único caminho. Agora, escutem: O verdadeiro Evangelho é radicalmente exclusivo, Jesus não é um caminho, mas sim O caminho, e os demais caminhos não são caminhos, na verdade.

Escutem isto com cuidado, porque isto é o que está acontecendo hoje: se o Cristianismo simplesmente se movesse um pequeno passo rumo a um ecumenismo mais tolerante e alterasse o artigo definido “O” em “O Salvador” pelo artigo indefinido “um”, em “um salvador”, o escândalo seria removido e o mundo e o Cristianismo poderiam tornar-se amigos. Você percebe isso? Se simplesmente disséssemos que Jeová é “um deus”, já não teríamos mais perseguição sobre nós. Se simplesmente disséssemos que Jesus é “um salvador, convidar-me-iam até para o programa da Oprah Winfrey. Vocês percebem isso? Todo o escândalo seria removido, se somente disséssemos: “Ele é o nosso salvador”. Vocês têm o de vocês, nós temos o nosso. Nós não vamos impor nada a vocês. Nós não vamos discutir nem dialogar nada. Se esse é o seu caminho, siga-o, e eu seguirei o meu. Se somente disséssemos isso, nunca seríamos perseguidos. Mas, se fizermos isso, o Cristianismo deixa de ser Cristianismo, nós deixaremos de ser Cristãos, Cristo é negado, e o mundo fica sem um Salvador.

Continua...

Por Paul David Washer

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