quarta-feira, 27 de julho de 2016

Templos bloqueiam a adoração

Os nossos antepassados adoravam a Deus neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde devemos adorá-lo. Jesus disse: — Mulher, creia no que eu digo: chegará o tempo em que ninguém vai adorar a Deus nem neste monte nem em Jerusalém. Vocês, samaritanos, não sabem o que adoram, mas nós sabemos o que adoramos. [...] Mas virá o tempo, e, de fato, já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e em verdade. Pois são esses que o Pai quer que o adorem. (João 4:20-23)

Templos promovem o formalismo na adoração. A verdadeira adoração ocorre em "espírito e em verdade" e não depende de um "local". Templos tendem a desassociar a adoração da vida cotidiana. Paulo disse "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional" (Romanos 12:1-2). O templo exalta a adoração formal acima da adoração com a própria vida.

Uma vez que o templo simboliza a forma tradicional de adoração, alimenta-se a ideia de equiparar a vida cristã ao comparecimento a igreja. Muita ênfase é dada ao "comparecimento" em detrimento dos fundamentos de uma vida cristã. Muitas pessoas se consideram bons cristãos simplesmente porque vão regularmente à igreja.

Templos limitam a oportunidade para serviço. Quantas pessoas podem ser usadas em um culto de adoração formal? A natureza institucional da igreja moderna dá aos homens chances de atividades que estão em boa parte enraizadas no lado material da vida da congregação ao invés do espiritual. Isto é uma tragédia.

Mais do que qualquer coisa, a igreja primitiva era uma irmandade. Alguém poderia questionar: “Como manter uma verdadeira irmandade sem um templo?” “Como a igreja se reunirá para adorar?” “Como poderá a igreja se organizar para a ação?”.

Mas isso faz parte de outro estudo. Clique aqui e leia.

Bibliografia:
Holmquist, Gerald. Pattern for Progress

Nenhum comentário:

Postar um comentário